segunda-feira, 21 de maio de 2012

- Formação do território europeu.

  • As fronteiras do continente europeu: um pouco de história
Antes de se constituir como Estados-Nações, o espaço geográfico hoje conhecido como continente europeu estava organizado de um modo muito diferente do que conhecemos atualmente. A organização dos povos gregos e romanos, que chegaram a ocupar terras além da Europa, são exemplos de como esse espaço geográfico era na Antiguidade(entre os séculos VIII a.C e IV d.C).
          Na Grécia antiga, a cidade-estado ou pólis era uma forma de organização territorial, autônoma e independente. Já os romanos constituíram um grande império, que abrangia áreas dos três continentes conhecidos na época. O império era tão extenso que, em certo momento, seu território foi dividido entre Ocidente e Oriente, para que se pudesse viabilizar sua administração.













No Império Romano, a cobrança de impostos era uma forma de garantir uma ceta ''unidade'' territorial.  Na foto moeda de oro cunhada pelos romanos






          Na Idade Média, outras formas de organização do espaço europeu foram estabelecidas, e não existiam Estados da forma como os conhecemos na atualidade.
          Com o fim da Idade Média, o desenvolvimento de outras formas de governo, a expansão do capitalismo e a ascensão da burguesia, a organização do espaço europeu passou a ter uma nova configuração. Entre os séculos XVI e XVIII, constituíram-se as monarquias e os regimes absolutistas e, como consequência, uma nova organização territorial foi estabelecida.
          No século XVII, os territórios de alguns países como França, Espanha, Portugal e Inglaterra, entre outros, apresentavam uma configuração próxima à atualidade.No caso das terras atuais Alemanha e Itália não havia organizações territoriais com poder centralizado; Havia pequenos território fragmentados, com características de organização espacial próximas ao do período medieval.



       
       
   











O que foi o Estado-Nação?
O Estado-Nação resulta de processos históricos que se estabeleceram na Europa, desde a constituição dos Estados absolutistas, e só assume a configuração atual na Europa e América entre os séculos XVII e XIX.









































  • A rede geográfica: paralelos e meridianos
          O caso da Alemanha é um bom exemplo de constituição de um Estado nacional.
          No fim da Idade Média, o que conhecemos hoje como Alemanha era uma reunião de mais ou menos trezentos principados, feudos eclesiásticos, reinos, cidades livres, entre outros. Eram unidades territoriais e políticas praticamente autônomas, de modo que não existia uma unidade entre ela, ou seja, não existiam um Estado centralizado, que controlasse ou comandasse tudo.
         É somente no século XIX que a organização do espaço da Alemanha se configura de modo a obter uma unidade nacional. 
        Após um processo histórico, a Alemanha teve seu território configurado e passou por um desenvolvimento industrial significativo. Sua derrota na Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as disputas entre os países socialistas e capitalistas no pós-guerra resultaram na divisão do território germânico e na criação de dois Estados antagônicos, em 1949: a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental- RFA), socialista.





 














  
    

 A cidade de Berlim, capital da Alemanha antes da divisão e situada no lado oriental, também ficou dividida em duas, cada parte pertencendo a uma Alemanha.
        Foi somente na década de 1990, após a queda do Muro de Berlim, que o território da Alemanha chegou à configuração atual. A Alemanha Ocidental incorporou a Alemanha Oriental, de modo que a constituição, o nome e os símbolos da República Federal da Alemanha foram mantidos




















      Atualmente, é possível falar de nacionalidade alemã, fato que foi uma realidade para os alemães em um primeiro momento, a partir de 1871, e, um um segundo momento, a partir da década de 1990, quando a reunificação propiciou  a ideia de nação e os cidadãos puderam compartilhar o desejo de reconhecer um passado em comum.

























































































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